Improvavelmente


A natureza das pessoas é curiosa. O homem que mais souber não ser ele mesmo será aquele mais humano. Ser pessoa passa por não nos recusarmos à naturalidade de querer assumir papéis. Estou perdida, não sei qual é o meu. Será sentir, o que sinto perante um papel? É por isso que não crio laços. Tudo o que sinto é fingido e estou cansada de não ser o nada daqueles que não fingem e por isso nada são. Não quero ser merda nenhuma. Revolta-me a existência do homem, das pessoas, tantas, que se perdem em sentir tudo desmesuradamente. Dou liberdade e abro aspas para mim. Sentir não me pertencer e sei que todas as coisas que não me pertencem residem em dor. Se nada queres, nada podes ter. Se tudo tens, há espaço para seres. Não sei o que quero. Na verdade, nunca soube. Agora que sei, já nada sei. A fonte está nas histórias. Fecho aspas. É o que tu, talvez todos, precisem. O papel é uma necessidade e somos todos humanos. Resumindo isto a nada.

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